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terça-feira, 12 de abril de 2011

Pela Fé

Pela Fé adquirimos o "status" dos que foram declarados justificados perante Deus. Já não somos somente aquilo que efetivamente somos [neste mundo], mas também, [ainda pela fé], aquilo que "não somos".
A Fé é o predicado cujo sujeito é o homem "novo".
Este homem "novo" é caracterizado pelo "interminavel sofrimento" que é apenas perceptivel como a vacuidade que invade a vida cotidiana e faz com que esse homem novo seja visto por todos, e em toda parte, como negação. E justamente por isso ele, também sempre e em toda parte, dá testamunho deste homem novo.
Visto da parte do mundo, ele poderia ser comparado ao ponto "zero" de uma hipérbole, de onde os ramos afastam até o infinito, e onde se encontram: o começo e o fim.
Não sou "eu" o sujeito desse predicado, pois ele é tudo quanto está além, tudo quanto é radicalmente diferente e até em oposição a mim; no entanto, sou o sujeito dele pela identidade que a Fé estabelece entre mim - o "sujeito" de cá, e o "sujeito" de lá.
O homem "novo" [ e eu também], nasce sob o signo da morte e da ressurreição de Cristo (Rm 4. 25), e no conhecimento de Deus que vivifica os mortos e que fala ao que não é, como já sendo (Rm 4.17); (é por isso que eu, "junto" com o homem "novo") nascemos de cima (Jo 3. 3).
A rigor não serei mais o "mesmo" que sou, mas essa inaudita identidade com o homem "novo" é verdadeira pelo Poder da Palavra de Deus. [Deus fala ao homem "novo", ( a mim ) que ainda não o sou, como já "o sendo"].
Somente sou aquilo que (não!) sou, Pela Fé!

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